O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) sob a liderança de Luiz Inácio Lula da Silva aprovou, até meados de julho, um total de 231 agrotóxicos, ritmo que se assemelha ao início do governo Bolsonaro. Essas aprovações ocorrem seguindo um decreto controverso emitido por Bolsonaro em 2021, acelerando os processos de liberação, o que tem gerado debates sobre riscos à saúde e ao meio ambiente, contrastando com os benefícios alegados pelos produtores.
Decretos controversos agilizam as aprovações
O decreto emitido por Bolsonaro, embora controverso, tem agilizado a liberação de agrotóxicos, muitos dos quais são genéricos ou formulações adaptadas com genéricos, argumentados como seguros devido aos testes prévios. No entanto, existe um debate sobre sua associação a substâncias adicionais e seus riscos.
Princípios ativos novos e preocupações
Das aprovações, 17 agrotóxicos contêm princípios ativos novos, o que tem gerado preocupações e recomendações cautelosas de uma corrente de estudiosos.
Impactos na saúde humana e ambiental
Um relatório do Mapa revela que 102 registros foram classificados por Anvisa e Ibama, com destaque para produtos catalogados como “altamente tóxicos” e “altamente perigosos”. Essa situação gera debates e preocupações entre especialistas.
Mudanças no governo Bolsonaro
O governo Bolsonaro bateu recordes sucessivos na aprovação de agrotóxicos, mas essa escalada foi interrompida em 2023. A velocidade das aprovações no governo Lula está sendo comparada ao início do governo Bolsonaro, gerando debates sobre coerência com discursos sobre saúde e meio ambiente.
Debates e propostas para o futuro
Diversos setores têm opiniões divergentes sobre o uso de agrotóxicos. Enquanto a Frente Parlamentar da Agricultura defende a necessidade dessas substâncias para a produção agrícola brasileira, especialistas e grupos de saúde ressaltam riscos e pedem uma abordagem mais proativa por parte do governo.
Legislação
O debate atual sobre agrotóxicos concentra-se em projetos de lei como o PL 6.299/02 e o PL 6.670/16, que abordam os prazos e autorizações para aprovações. Enquanto isso, especialistas apontam para a necessidade de uma nova legislação e de um comitê de alto nível para discutir políticas públicas modernas relacionadas a insumos agrícolas.
Tensões políticas e futuro incerto
Enquanto diferentes posições são debatidas no Congresso e na sociedade, o ritmo de aprovações e o enfoque do governo permanecem sob escrutínio. A busca por equilíbrio entre produção, saúde e meio ambiente permanece um desafio.
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Com informações da FolhaPress*