Acontece nesta tarde de sexta-feira (24) a 308ª Reunião do Conselho de Administração da Suframa (CAS), com a presença do ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e vice-presidente Geraldo Alckmin, no Centro de Convenções Vasco Vasques, em Manaus.
Em sua fala de abertura, Alckmin sinalizou a assinatura do decreto que irá reconhecer a organização social que vai gerir o Centro de Biotecnologia da Amazônia, que tem por objetivo criar alternativas econômicas mediante a inovação tecnológica para o melhor aproveitamento econômico e social da biodiversidade amazônica de forma sustentável.
Em dezembro do ano passado, o governo divulgou a Fundação Universitas de Estudos Amazônicos (FUEA), da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), e o Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo (IPT-SP), como vencedores do chamamento público para os novos responsáveis pelo Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA), em Manaus.
“Eu visitei o CBA na manhã de hoje e ele esta operando com 10% do seu potencial e já faz trabalhos maravilhosos, porque o caminho é produzir ciência e depois virar emprego e riqueza na região. Houve uma questão judicial que conseguimos resolver e estaremos assinando o decreto na semana que vem”, afirmou o ministro e vice-presidente, Geraldo Alckmin.
Na pauta da reunião, está a avaliação de 44 projetos industriais e de serviços, que estimam investimentos de aproximadamente R$ 1,5 bilhão e a geração de 1.600 novos empregos na Zona Franca de Manaus (ZFM).
Também estão presentes o governador do Amazonas, Wilson Lima, o Superintendente da Suframa, Marcelo Pereira, e outros parlamentares amazonenses.
Fortalecimento do Mercosul
Alckmin também destacou o fortalecimento do comércio regional e o fortalecimento do Mercosul (composto pelo Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai). Informou, ainda, que em abril o presidente Lula deverá ir à Europa para “finalmente assinarmos o tratado Mercosul-União Europeia, que vai abrir mais mercado e investimentos recíprocos entre os países da União Europeia e nós, do Mercosul”.
Um acordo UE-Mercosul, exaustivamente negociado nas duas últimas décadas, foi finalmente fechado em 2019. O tratado diminui para zero, em um prazo máximo de 15 anos, as tarifas de importação sobre 91% do intercâmbio comercial. A estimativa do Itamaraty é de ganhos de quase US$ 100 bilhões para as exportações brasileiras até 2035.
Diante dos números crescentes de desmatamento, no governo de Jair Bolsonaro, a UE travou a assinatura do acordo. Depois disso, ainda teria que ser ratificado pelo Parlamento Europeu.
A UE espera assinar o acordo de livre-comércio com os países do Mercosul em julho, segundo disse o vice-presidente da Comissão Europeia, Frans Timmermans, em janeiro deste ano.
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