O ex-governador Amazonino Mendes (Cidadania), de 83 anos, completados no último dia 16, está internado em estado grave, em São Paulo.
A remoção do político de Manaus para a capital paulista aconteceu na noite de ontem. A informação foi dada em primeira mão pelo site Fato Amazônico.
Amigos do ex-governador confirmaram a informação ao BNC AMAZONAS. Eles acrescentaram que Amazonino deixou o Amazonas em avião UTI, mas não souberam precisar a causa. Falaram que há suspeita de diverticulite.
Também há informação de que ele apresenta um quadro de pneumonia, agravado desde o seu aniversário, na semana passada.
Eleições
Já com dificuldades, Amazonino participou das eleições deste ano na tentativa de ser eleito pela quinta vez governador do Amazonas.
Sua volta ao poder seria uma questão de tempo. Desde o ano passado, pesquisas de intenção de votos mostravam que ele liderava, com folga, a corrida eleitoral.
No ano do pleito, ele manteve a dianteira e chegou a ampliar a vantagem meses antes do primeiro turno, 2 de outubro.
Debilitado
Mas sua imagem foi abatida pelo seu próprio estado de saúde. Na largada da campanha política, ele chegou em sua convenção carregado e, sentado, fez o discurso.
O ex-governador cancelou várias entrevistas. Em duas das quais participou, interrompeu os programas. Numa emissora de rádio, ele pediu para parar a entrevista alegando dor de dente.
Na Rede Amazônica, ele daria entrevista à TV Amazonas e ao site G1, mas só cumpriu compromisso na TV. Na ocasião, ele alegou dor de barriga.
Nos bastidores da campanha, seu estado de saúde era questionado. No entanto, por várias vezes, ele retrucava dizendo que estava bem e até apareceu tomando cerveja para mostrar a boa condição de saúde.
Mas o slogan da campanha do velho cacique já assumia a dificuldade física do candidato, quando adotou o título “Tá na cabeça e no coração”. A ideia seria a de rebater os adversários dizendo que, em boas condições intelectuais, ele poderia governar o Estado, sentado.
Primeiro turno
Sem conseguir convencer seus eleitores, Amazonino perdeu a liderança da corrida três semanas antes do pleito para o atual governador Wilson Lima (UB).
Ausente das ruas, Amazonino derreteu e acabou ficando em terceiro lugar, com 18,56% dos votos, superado por Eduardo Braga (MDB), que ficou com 20,99%.
Primeiras baixas
A primeira vez que Amazonino teve complicações de saúde foi em 2012, quando ainda estava prefeito de Manaus. Na ocasião, precisou fazer um procedimento cirúrgico em São Paulo, nunca detalhado por ele nem por seus aliados.
Isso foi uma razões que o tiraram da disputa pela reeleição naquele ano.
Em 2017, já aposentado, ele teve o nome cogitado a disputar a eleição suplementar aberta com a cassação do ex-governador José Melo.
Mas, ato contínuo da recolocação de seu nome de volta à cena política, foi uma internação às pressas em São Paulo.
Porém, Amazonino voltou ao Amazonas e conseguiu seu histórico quarto mandato de governador, em mandato-tampão, como fazia questão de se referir.
Diverticulite
Favorito ao Governo do Amazonas, com problemas de saúde, cacique não conseguiu fazer campanha, que começou em discurso em cadeira de roda.
Portanto, ele apresenta diverticulite e problema crônico de pneumonia; está internado no Hospital Sírio Libanês.