Conforme a polícia, ele liberava a extração de ouro e outros crimes ambientais na base da propina
O prefeito de Jutaí, Pedro Barbosa, é o principal alvo da terceira fase da operação Uiara, da Polícia Federal. Ele, que já foi preso em 2021, agora é afastado do cargo porque facilitaria a vida de garimpeiros ilegais no interior do Amazonas.
Essa operação é braço da ação que retirou garimpeiros de Autazes, no rio Madeira, no ano passado.
A polícia não informou, entretanto, se a operação vai agir no mesmo local, onde cidade flutuante voltou a se formar. Contudo, afirmou que continuará expulsando garimpeiros porque a atividade não é permitida em todo o Amazonas.
Barbosa, conforme a polícia, liberava a extração de ouro e outros crimes ambientais na base da propina.
Além dele, o esquema envolvia, sobretudo, secretários municipais e fornecedores de combustíveis aos garimpeiros.
Como resultado, a polícia tinha 20 mandados para colher provas e prender envolvidos na organização criminosa.
A operação se desenrola nesta manhã de quarta (20) em Jutaí e Manaus. Casa do prefeito em condomínio de luxo na capital, por exemplo, foi vasculhada.
Propina em ouro
Conforme a polícia, para dificultar o rastreamento da propina, Barbosa e sua turma recebiam dinheiro em espécie ou em ouro, como preferiam.
Quando foi preso no ano passado, por iguais suspeitas, Barbosa portava 257 gramas de ouro ilegal.
O prefeito e sua organização foram denunciados justamente por um garimpeiro que lhes pagava propina. Este foi preso em 2019.
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