O material genético foi coletado no barco de um dos assassinos do indigenista e do jornalista
A Polícia Federal do Amazonas anunciou hoje à noite que as amostras coletadas no barco do principal suspeito do caso envolvendo as mortes do indigenista Bruno Araújo Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips foram analisadas.
O sangue testado não é de Dom, mas voltou “inconclusivo” para Bruno.
“A possibilidade de ser originada de Bruno restou inconclusiva, sendo necessária a realização de exames complementares”, disse a corporação em nota. A PF informou que obteve um “perfil genético completo, de indivíduo do sexo masculino”, mas ainda não o atribuiu a alguém.
Ontem à noite, o pescador Amarildo da Costa Oliveira, também conhecido como “Pelado”, confessou à PF ter matado e enterrado os corpos de Bruno e Dom, que estavam desaparecidos desde 5 de junho no Amazonas.
Amarildo afirmou à polícia que esquartejou e enterrou os corpos do jornalista britânico e do indigenista. No seu depoimento, ele disse ter contado com a ajuda de outras pessoas e foi o pescador quem levou a PF até os corpos —que estavam a mais de 3 km da área do crime.
As vísceras encontradas no rio também foram analisadas hoje, mas não foi possível encontrar um DNA humano. “Esse resultado pode ser devido à degradação do DNA autossômico ou à origem não humana da amostra, segundo os peritos”, falou a nota.
A corporação informou ainda que a embarcação que Bruno e Dom usaram não foi localizada, apesar de “buscas exaustivas”.
Os corpos encontrados no Amazonas foram levados hoje pela PF para Brasília, onde serão periciados e eventualmente identificados. Essa análise começará amanhã, “com previsão de conclusão na próxima semana”.
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