Vírus erradicados podem voltar a circular devido a pessoas não vacinadas
No Dia Mundial da Infância, comemorado na segunda-feira (21/03), a Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM), por meio da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), aproveita a oportunidade para lembrar à população sobre a importância da vacinação infantil que é direito da criança e um ato de amor.
A explicação é simples: sempre que encontram o caminho livre entre pessoas não vacinadas, os vírus voltam a circular. Foi o que aconteceu com o sarampo, que teve casos registrados no Brasil em 2018. Por conta disso, o país perdeu a certificação de erradicação da doença, e o sarampo voltou a ser problema de saúde pública que é monitorado pelas autoridades de saúde.
Na imunização de rotina, toda vacina é importante. Uma das primeiras vacinas para o público infantojuvenil é a BCG, que é aplicada na criança ao nascer como principal maneira de prevenir formas graves da tuberculose. A vacina é aplicada nas maternidades antes do recém-nascido receber alta médica, mas está disponível também nos demais postos de vacinação do Sistema Único de Saude (SUS).
Apesar disso, a cobertura vacinal para BCG é de 80,64% no Amazonas. No entanto, a meta para esse imunizante é de 90%, conforme estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde, por meio do Programa Nacional de Imunização (PNI).
Dentro do calendário vacinal de rotina no público infantojuvenil, uma das últimas vacinas é a contra HPV. Ela é destinada ao grupo etário de 9 a 14 anos nos públicos feminino e masculino que alcançaram, respectivamente, cobertura vacinal de 78,9% e 73,9% no Amazonas.
“Cumprir o calendário vacinal de rotina é primordial para saúde das crianças e para protegê-las de doenças. As vacinas passam por rigoroso processo de avaliação antes da liberação ao público, e é importante que os responsáveis mantenham a carteira de vacinação sempre atualizada desde os primeiros dias de vida”, afirma Anoar Samad, secretário de Estado de Saúde.
Para a diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, é essencial chamar atenção para a importância da adesão às campanhas de vacinação de rotina dos serviços de saúde. “A meta de cobertura vacinal é exigência do Ministério da Saúde. Neste sentido, é importantíssimo alcançar esse objetivo. Por isso, fazemos, mais uma vez, o alerta para que pais e responsáveis levem seus filhos para se vacinar”, reforça Tatyana.
A infectologista pediátrica Solange Dourado, coordenadora do Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais (Crie), vinculado à FVS-RCP, destaca ainda que as vacinas protegem as crianças e adolescentes de doenças que podem levar a internações hospitalares com quadros clínicos graves que podem deixar sequelas e mortes.
“Convido todos os pais a darem uma olhada na caderneta de vacina do seu filho para saber se as vacinas estão atualizadas. Na caderneta, observem se as anotações estão preenchidas à caneta. Se estiver escrito a lápis, significa que as doses ainda não foram aplicadas”, detalha Solange.
Vacinas – As vacinas de rotina disponíveis para o público infantojuvenil no Serviço Único de Saúde (SUS) são: BCG, Hepatite B, pentavalente, poliomielite, pneumocócica, rotavírus, meningocócica, febre amarela, tríplice viral, tetraviral, DTP, hepatite A, DTP, febre amarela, varicela, HPV Quadrivalente, antitetânica e meningocócica ACWY.
Leia mais:
Campanha nacional de vacinação contra a gripe começa em 4 de abril
Saullo Vianna se posiciona a favor da exigência do cartão de vacina nas escolas