O diretor-executivo de emergências da OMS (Organização Mundial da Saúde), Mike Ryan, disse nessa 6ª feira (26.fev.2021) que o Brasil vive uma “tragédia” com a alta no número de casos de infecção pelo coronavírus e mortes por covid-19.
“Infelizmente, é uma tragédia que o Brasil esteja enfrentando isso de novo e é difícil. Esta deve ser a 4ª onda que o país volta a enfrentar”, declarou Ryan.
“O Brasil é muito capacitado e tem instituições científicas e de saúde pública fantásticas. Acho que o país sabe o que fazer e muitos Estados estão tentando aplicar as melhores medidas. Não é simples. Não é fácil”, acrescentou.
Segundo Ryan, a alta nos números da covid-19 no Brasil serve de alerta para outros países. “[A pandemia] Não acabou para ninguém e qualquer relaxamento é perigoso”, declarou.
Pelo menos 12 Estados e o Distrito Federal decidiram adotar medidas que aumentam as restrições de circulação, na tentativa de conter a pandemia. Um dos objetivos das medidas é frear a ocupação de leitos de UTI e evitar a sobrecarga do sistema de saúde.
A fala do diretor-executivo de emergências da OMS ocorreu no momento em que o Brasil ultrapassou os 250 mil mortos por covid-19 e que o país completou 1 ano do 1º caso confirmado de covid-19.
Acelerar a vacinação
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse nessa 6ª feira (26.fev) que é preciso aumentar a produção de vacinas contra a covid-19 e acelerar a distribuição das doses.
“Agora é a hora de usar todas as ferramentas para aumentar a produção [das vacinas contra a covid-19], incluindo licenciamento e transferência de tecnologia e, quando necessário, isenções de propriedade intelectual”, declarou.
“Também é importante lembrar que, embora as vacinas sejam uma ferramenta muito poderosa, elas não são a única ferramenta. Ainda precisamos acelerar a distribuição de diagnósticos rápidos, oxigênio e dexametasona”, complementou o diretor-geral da OMS.
O Brasil vacinou até as 6h10 dessa 6ª feira (26.fev.2021) mais de 6,3 milhões de pessoas com a 1ª dose de imunizantes contra o coronavírus. O número representa 8,22% da população estimada pelo governo para os grupos prioritários.
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