O Papa Francisco pediu, durante missa neste domingo (19), solidariedade no combate do mundo à pandemia de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. O pontífice deixou o Vaticano pela primeira vez em mais de um mês e, na Igreja do Espírito Santo em Sassia, em Roma, alertou para “indiferença egoísta” no combate à pandemia.
“Agora, enquanto ansiamos por uma recuperação lenta e árdua da pandemia, existe o perigo de esquecermos aqueles que foram deixados para trás”, disse Francisco durante a missa, celebrada pelo Domingo da Divina Misericórdia.
A Itália, um dos países mais atingidos pela pandemia do novo coronavírus, estuda maneiras de suspender a quarentena, que já dura quase seis semanas. O país tem mais de 23 mil mortos pela Covid-19.
O Papa não saía do Vaticano desde o dia 15 de março, quando percorreu uma Roma deserta para rezar em dois templos pelo fim da pandemia. Por causa das medidas de quarentena adotadas na Itália e no próprio Vaticano, todas as missas têm sido rezadas sem público.
Na semana passada, o pontífice havia alertado para o risco de violência contra as mulheres por causa do confinamento. Um relatório da ONU apontou que as mulheres são afetadas de maneira mais severa pela pandemia.
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