segunda-feira, dezembro 9, 2024
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    Dezoito morrem de Síndrome Respiratória no Amazonas

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    Entre novembro de 2019 e janeiro de 2020, 18 pessoas morreram no Amazonas em decorrência de vírus e síndromes respiratórias, de acordo com o Boletim Epidemiológico divulgado pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM) nesta semana. Além dos óbitos, outros 129 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) também foram registrados.

    De acordo com o Boletim Epidemiológico, entre os 129 casos notificados pela FVS, durante o período, 13 foram identificados como Influenza B, 11 casos provocados por Adenovírus, quatro para Vírus Sincicial Respiratório (VSR), dois para Metapneumovírus e um para Parainfluenza 1.

    O Boletim informou ainda que, no total, 18 óbitos por SRAG foram registrados a partir de novembro. Entre eles, sete confirmados por vírus respiratórios e 11 por outras síndromes respiratórias. Dos sete óbitos, todos são residentes de Manaus, sendo três casos por Influenza B, dois por Adenovírus, um por Metapeneumovírus, e um por Vírus Sincicial Respiratório (VSR).

    Ainda em relação aos óbitos, 71% dos casos apresentaram pelo menos um fator de risco agravamento, com 42% respectivamente em pacientes idosos, cardiovasculares ou com diabetes, 28% pneumopatas e 14% em crianças de 1 a 4 anos.

    Explicando: o que é o coronavírus, a misteriosa doença que tem assustado o mundo?

    Prevenção

    O diretor-presidente da Fundação de Medina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), médico infectologista Marcus Guerra, reforça à população sobre as medidas de prevenção e controle, contra as SRAG.

    A lavagem frequente das mãos com água e sabão, o uso de álcool gel a 70%, evitar contato com pessoas gripadas e lugares aglomerados, evitar tossir diretamente nas mãos, e sim na curva interna do braço, uso de lenços descartáveis, uso de máscaras, repouso adequado, boa hidratação e alimentação equilibrada, são algumas das recomendações.

    Manaus se prepara para possível enfrentamento ao coronavírus

    Formação do comitê

    Instituído pela Secretaria de Estado da Saúde (Susam) e a FVS, o Comitê Interinstitucional de Gestão de Emergência em Saúde Pública para Resposta Rápida aos Vírus Respiratórios, com ênfase no Novo Coronavírus (2019-nCoV), foi criado.

    A primeira reunião do comitê foi realizada nesta quinta-feira (30). As atualizações sobre o novo vírus, outras SRAG e o alinhamento das autoridades em relação às medidas de prevenção e controle, conforme orientação do Ministério da Saúde (MS) e da Organização Mundial de Saúde (OMS) foram discutidas.

    O comitê conta com representantes da FMT-HVD, Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), Anvisa, Superintendência Regional do Ministério da Saúde, Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Amazonas (Cosems-AM), Defesa Civil, Corpo de Bombeiros Militar, SAMU e HPS Delphina Aziz.

    Explicando: O que é a Síndrome Respiratória Aguda Grave?

    Alerta ao Coronavírus

    O Brasil segue com nove casos suspeitos sendo investigados, conforme o último Boletim do MS. Nessa quinta-feira, a OMS declarou o Novo Coronavírus como emergência internacional em saúde. No Amazonas, não há notificação de casos suspeitos de Coronavírus, mas o secretário estadual de Saúde, Rodrigo Tobias, informou que a rede assistencial está organizada para atender possíveis ocorrências.

    “O nosso objetivo é fazer a execução de medidas preventivas e, sobretudo, de buscas ativas no controle das epidemias por síndromes gripais. Nesse sentido, fizemos a primeira reunião, alinhamos e determinamos fluxos no nosso atendimento de modo que todo o sistema de saúde do Amazonas está preparado para fazer a assistência de pacientes que apresentarem sintomas”, disse.

    O secretário municipal de Saúde de Manaus, Marcelo Magaldi, destacou a integração entre os órgãos para minimizar os impactos, caso o vírus chegue à população da cidade.

    “Aqui, em Manaus, nós estamos procurando tomar todas as providências no sentido de minimizar os impactos, caso esse vírus chegue, e também minimizar os impactos em relação a outros vírus que causam a Síndrome Respiratória Grave. É importante dizer que não é um vírus tão agressivo, mas ele se espalha rápido”, disse.

    A diretora da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM), Rosemary Costa Pinto, destacou a importância do controle em locais de trânsito de pessoas, principalmente nos aeroportos internacionais Eduardo Gomes e em Letícia, na fronteira com Tabatinga, diante de casos suspeitos no Peru e Colômbia.

    Segundo ela, já estão sendo feitas tratativas com as autoridades de vigilância e aeroportuárias desses países. No caso do Peru, a preocupação é com a movimentação pelos portos nas cidades de fronteira.

    Na manhã dessa quinta-feira, Rosemary Costa Pinto e uma equipe da FVS-AM estiveram no Aeroporto Eduardo Gomes para alinhamento de protocolos com a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) e empresas aéreas para identificação e condução de pacientes com suspeita do vírus.

    A unidade de referência para onde serão encaminhados os casos é o Hospital da Zona Norte Delphina Aziz. O Hospital também será referência para pacientes que forem atendidos nas unidades da rede de saúde e apresentarem algum sintoma. As transferências serão feitas via central de regulação do Sistema de Transferência e Emergências Reguladas, que interliga os hospitais.

    O diretor técnico da FVS-AM, Cristiano Fernandes, disse que uma equipe está sendo preparada para ir a Tabatinga. A equipe será composta por profissionais da vigilância epidemiológica e do Laboratório Central (Lacen), que vão reunir com o Laboratório de Fronteira, além de um médico epidemiologista da FMT-HVD, para capacitar os profissionais de saúde.

    “Considerando que os aeroportos, principalmente os internacionais, servem de entrada para passageiros em trânsito oriundos de países asiáticos, principalmente a China, temos que ter uma atenção maior para com esses locais”, disse Cristiano. Ele disse que os protocolos em aeroportos e portos já são definidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

    Com informações do G1*

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