Uma ponte que liga dois importantes bairros no município de Tefé caiu no último dia 14 de dezembro e até o momento não recebeu reparos por parte da prefeitura, o que tem ocasionado diversos transtornos, denunciam os moradores.
Segundo os populares, entre as vítimas de queda, devido o buraco que se formou, está uma mulher que caiu com um bebê no colo e chegou a bater a cabeça.
Eles contam que a população continua utilizando o acesso, mesmo tendo sido interditado pela Defesa Civil do município desde o início do ano passado, por necessidade e falta de opção.
Crianças, pessoas que conduziam motocicletas, já são em torno de oito as vítimas dos incidentes, todas sem assistência da prefeitura, de acordo com as queixas.
A ligação de cem metros de comprimento e cinco de largura, também chamada de ponte do Vila Pescoço, é considerada importante obra para a comunidade, pois liga os bairros Nossa Senhora de Fátima e Vila Nova, bastante frequentados na cidade.
De acordo com a moradora Norma Pantoja, a ponte de madeira em época de cheia dos rios fica submersa e os reparos no período de vazante nunca acontecem, inclusive, são promessas de campanha do atual prefeito, Normando Bessa (PMN), que “prometeu construir todas as pontes do sistema viário do município com estrutura de aço e concreto”, conta.
Prefeitura diz que reforma não se adequa
Segundo o secretário de infraestrutura do município, engenheiro Carlos de Sá, a ponte foi construída há 30 anos e não existe garantia de segurança apenas com reforma.
“As estruturas mais novas, recuperadas a pouco tempo, tais como tabuleiro e vigas estão bem deterioradas. Os pilares ainda são os mesmos do início da construção. Com o passar do tempo, foram construindo casas no entorno da ponte”, disse ao BNC Amazonas.
Perguntado sobre a construção de uma nova estrutura, ele respondeu que a obra será construída e que a prefeitura busca recursos, mas o foco principal é a reorganização dos bairros e realocação das pessoas que estão em área de risco para novas casas, construídas pelo poder municipal.
A prefeitura esclareceu ainda que a dificuldade está na resistência de algumas famílias que “buscam soluções próprias” e não estão dispostas a sair do local. Algumas já entraram em acordo com a administração, mas a área também funciona como comércio e essas atividades é que pesam nas decisões.
“A prefeitura prestou assistência, sim. Apenas uma vítima foi mais grave, mas logo foi pra casa”. De toda forma, reconstruindo o acesso como ponte ou passarela, as casas não poderão ficar. “Até mesmo para desmontar a antiga estrutura”, informou o secretário.
Com informações do Portal BNC*