De acordo com um levantamento da Gênero e Número, utilizando dados do Censo da Educação Superior, em 2015, mais de 7 mil mulheres indígenas ingressaram em instituições de ensino superior.
Os dados revelam que o número de indígenas que entram para o ambiente acadêmico cresceu nos últimos anos, passando de 2.780 em 2009 para 17.269 em 2018, último ano contabilizado pelo levantamento, promovido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Entre 2009 e 2018, o crescimento do número de mulheres indígenas no ensino superior foi de 620%. Já entre os homens o crescimento observado foi de 439%.
Desde 2014, as mulheres indígenas se posicionaram como maioria entre o total de ingressantes indígenas e se mantiveram nesta posição até 2018, com 52%.
Apesar dos índices positivos, a população indígena representa apenas 0,5% do total de ingressantes nas universidades.
O maior patamar alcançado pela população indígena foi em 2016, com 26.062 estudantes ingressantes. Desde então, o número vem caindo até os 17.269 em 2018.
O avanço que vem sendo observado desde 2009 representa um aumento na proporção de indígenas em comparação com o total de estudantes universitários. Entre os anos de 2016 e 2017, a participação chegou a 0,8%, mas diminuiu em 2018 para 0,5%.
As taxas apontam para um marco, já que superam a proporção de indígenas em relação à população brasileira, que é de 0,4%, segundo o Censo 2010 realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).