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    Bolsonaro é responsável por ‘desmontar plano de combate ao desmatamento’

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    A ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva (Rede) rebateu ao blog as declarações do presidente Jair Bolsonaro sobre a gestão dela à frente da pasta. Segundo ela, o presidente “desmontou o plano de combate ao desmatamento” na floresta Amazônica.

    Ao deixar o Palácio do Alvorada nesta quarta-feira (20), o presidente afirmou que no período de Marina à frente do ministério do Meio Ambiente, de 2003 a 2008, aconteceu a maior quantidade de ilícitos na Amazônia (veja vídeo abaixo).

    “Você não vai acabar com o desmatamento nem com queimadas, é cultural. Eu vi a Marina Silva criticando anteontem. No período dela tivemos a maior quantidade de ilícitos na região amazônica”, apontou Bolsonaro.

    Marina Silva disse que “é uma fixação do presidente, depois de quase um ano no governo,… ficar comparando com o meu período”.

    “Peguei o desmatamento numa curva de alta, tomei medidas urgentes para mandar os números do desmatamento para baixo de forma consistente e durante dez anos, enquanto ele [Bolsonaro], em menos de um ano, tirou todos os mecanismos de contenção do desmatamento e colocou todos os mecanismos de estimulação do desmatamento”, diz Marina Silva.

    “Quando eu assumi é como se o incêndio estivesse a todo vapor e eu tomei todas as medidas para apagar o incêndio. O Bolsonaro saiu jogando gasolina no incêndio e ele é réu confesso. Porque disse, na Arábia Saudita, que ele mesmo estimulou isso, porque discordava da política ambiental anterior”, disse Marina Silva ao blog.

    “Qual era a política ambiental anterior? Política que fez o desmatamento cair em 83% durante 10 anos. Quem engendrou essa política? Foi durante minha gestão, o plano de prevenção e controle de desmatamento”, completou.

    Na visão de Marina Silva, existe um reconhecimento na sociedade de que políticas públicas da sua gestão fizeram o desmatamento cair, mesmo em um contexto de crescimento econômico.

    O desmatamento chegou ao recorde de 27,7 mil quilômetros quadrados em 2004, na gestão de Marina Silva à frente do ministério do Meio Ambiente, mas começou a cair sistematicamente após isso até 2012.

    Reportagem G1*

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