Após denúncia, a deputada estadual Joana Darc (PL), juntamente com a delegada Carla Biaggi da Delegacia Especializada em crimes contra o Meio Ambiente (DEMA) e Batalhão Ambiental, descobriram no final da tarde desta terça-feira (12), um cativeiro clandestino de animais localizado no bairro Jorge Teixeira, na Zona Leste de Manaus.
No local foram apreendidos dezenas de animais, entre domésticos e silvestres, tais como cães de raça, gatos, muitos macacos, jabutis e aves como araras, corujas e tucanos. De acordo com a parlamentar, a suspeita é de que lá funcionava um canil para criação clandestina de animais domésticos e tráfico de animais silvestres.
Muitos animais foram encontrados em estado crítico de saúde, enjaulados, com pelagem emaranhada, machucados, fezes por todo canto aparentemente com muitos dias sem higienização, entre muitos outros fatores que caracterizam maus-tratos. “A situação encontrada nesta casa é deplorável, são dezenas de animais em estado grave, o ambiente totalmente sujo e sem condições dignas tanto para humanos quanto para animais. Isso é um absurdo, sem contar que pode ser que alguns desses animais sejam roubados e utilizados para procriação”, declarou a parlamentar.
Para Joana Darc, a compra e venda ilegal de animais é o que fomenta este tipo de situação. “Quando você compra animais sem saber a real origem deles em feiras ilegais, grupos de redes sociais, sites de venda e troca, sem conhecer os pais deles, você está colaborando para a manutenção deste comércio irregular, cruel e desrespeitando a vida dos animais”, enfatizou.
Na operação, cerca de 107 animais foram apreendidos na ação, sendo estes 24 aves exóticas e domésticas, 19 aves silvestres, 15 mamíferos silvestres, 5 jabutis, 1 tartaruga, 41 cães e 2 gatos.
Apenas uma senhora, com identidade ainda não revelada, foi identificada como proprietária do local e irá prestar esclarecimentos na DEMA. Os animais resgatados serão catalogados na delegacia e logo após avaliados por veterinários, e então direcionados a órgãos ambientais, clínicas veterinárias parceiras e ONGs para serem cuidados, adotados (os domésticos) ou devolvidos à natureza após avaliação com biólogos (os silvestres).
A ação contou com o apoio também da Polícia Militar do Amazonas por meio da Companhia Independente de Policiamento com Cães (CIPCães).
Com informações da assessoria*