A ameaça do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) de editar “um novo AI-5” se “a esquerda se radicalizar” é rejeitada por 96% das menções sobre o assunto nas redes sociais.
A pesquisa foi feita pela Torabit, uma plataforma de monitoramento digital. Ela analisou nas últimas horas da tarde de ontem (31) cerca de 100 mil menções sobre a repercussão da entrevista do filho zero três do presidente Jair Bolsonaro (PSL).
“Apenas 2% das menções são positivas para o deputado. O mesmo tanto (2%) são comentários neutros, ou seja, que formam compartilhamentos de notícias sem juízo de valor”, aponta o levantamento.
O AI-5 está nos assuntos mais comentados no Twitter desde o meio-dia de ontem. O termo entrou 52 vezes nos Trending Topics Brasil e duas vezes nos trends mundiais. Às 15h, após repercussão negativa da entrevista, ganhou popularidade a hashtag #DitaduraNuncaMais, alcançando o segundo lugar nos assuntos mais falados no Brasil.
Usuários comuns, influenciadores digitais e políticos utilizam a hashtag para criticar a fala do deputado e também para convidar a população para se manifestar. Já existem dezenas de eventos de convocatórias de manifestações nos grupos do Facebook.
Homens e políticos
Os homens foram responsáveis por 63,2% das menções. Os estados que mais se manifestarem nas redes foram São Paulo, com 24,5%, Rio de Janeiro (19,9%), Minas Gerais (9%), Distrito Federal (5%), Rio Grande do Sul, Paraná e Pernambuco, com 4,5% cada um.
Dos 513 deputados, 125 já se manifestaram nas redes sobre o assunto. Alexandre Frota (PSDB) foi o mais ativo, com 16 postagens sobre o tema no Twitter. “Dentre os 81 senadores, dez fizeram alguma menção sobre a declaração até as 17h”, diz o estudo.
As dez hashtags mais citadas nos posts são nesta ordem: #ditaduranuncamais, #ai5, #globolixo, #oporteironaomentiu, #cassemeduardobolsonaro, #eduardocassado, #gradedia, #eduardobolsonaro, #bolsonaroestamoscontigo e #stf.