Em crise com o PSL , seu partido, o presidente Jair Bolsonaro disse na manhã desta sexta-feira que recebeu “vários convites” de outras legendas, mas não revelou quais.
— Eu sou… Eu tô meio bonito, sabe disso, né? Então eu tenho vários convites aí — declarou o presidente a jornalistas na saída do Palácio da Alvorada, depois de falar com apoiadores.
Questionado se haveria contatos de siglas de esquerda, ele riu e negou, rebatendo com outra pergunta:
— Tá chamando a esquerda de maluca ou eu de maluco?
Ao ser indagado quais foram os partidos, ele se despediu e entrou no carro rumo ao Palácio da Planalto.
Pouco antes, Bolsonaro recebeu em casa, fora da agenda, o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, ministro nas gestões de Michel Temer (MDB) e Dilma Rousseff (PT). Segundo o presidente, ele foi ao local para uma “visita de cortesia”, resposta que repetiu quatro vezes.
— Eu converso com todo mundo. Uns eu convido, outros querem vir. Eu converso com todo mundo. É o papel de um presidente. Eu quero paz para poder governar. Temos problemas enormes para poder resolver — declarou Bolsonaro.
Durante a breve entrevista coletiva, o presidente se negou a comentar a crise com o PSL , alegando que só conversa sobre o assunto “internamente”.
Na segunda-feira, a advogada eleitoral de Bolsonaro, Karina Kufa, admitiu em entrevista ao GLOBO que o presidente tem intensificado conversas com dirigentes de pelo menos cinco partidos antevendo uma eventual desfiliação ao PSL.