sábado, julho 27, 2024
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    Mayc Parede assume ter matado engenheiro Flávio Rodrigues

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    O lutador de MMA Mayc Vinicius Teixeira Parede assumiu ter matado o engenheiro Flávio Rodrigues dos Santos, morte ocorrida no dia 29 do mês passado, mas não convenceu porque, de acordo com titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), Paulo Martins, os depoimentos dos seis envolvidos no crime são contraditórios.

    “Mayc disse que encontrou a vítima só de cueca na casa e o sargento Paz já disse que ele estava vestido. São coisas assim que deixam muitas dúvidas e precisam ser esclarecidas”, disse o delegado.

    A CRÍTICA teve acesso a alguns depoimentos dos envolvidos. Em depoimento prestado na última sexta-feira, o policial militar Elizeu da Paz de Souza já apontava e seu colega Mayc como o responsável pela morte do engenheiro.  Por sua vez, Alejandro Molina Valeiko, enteado do prefeito Arthur Neto, levantou suspeitas de que Paz seria o responsável pela morte de Flávio.

    Valeiko disse ter visto o policial arrastando Flávio pelos braços tendo uma arma de fogo na cintura e disse acreditar que o sargento é capaz de matar uma pessoa.

    Já Paz disse que, no dia do crime, Mayc colocou Flávio no banco de traz do carro modelo Corolla  e que os dois saíram do condomínio com ele. Na Avenida do Turismo, próximo ao Condomínio Vila Suíça, Mayc e Flávio saíram do carro andando indo um pouco mais distante e que minutos depois o colega retornou para o veículo já sem o engenheiro, que mais tarde foi encontrado morto nas proximidades.

    A trama, de acordo com as investigações policiais, está perto de ser desvendada e poderá haver uma reviravolta no caso. Além de depoimentos dos supostos envolvidos, a polícia trabalha com provas técnicas que foram produzidas pela perícia, cujo resultado poderá contrariar o testemunho dos envolvidos.

    Exames de DNA de amostras de sangue encontradas na casa 3.269 da rua Carlota Bonfim, do condomínio Passaredo, bairro Tarumã, onde Alejandro mora, na no carro Corolla de cor prata locado para a Casa Militar da Prefeitura no qual Flávio foi levado, vivo ou morto, poderão mostrar o local exato onde ele foi assassinado.

    O sargento Paz disse em depoimento que exerce a função na Casa Militar de assessor técnico, mas que exerce também a função de segurança e assessor pessoal do prefeito Artur Neto e da primeira-dama Elizabeth Valeiko e que em algumas vezes ia à casa de Alejandro para levar alimentos e verificar se as coisas estavam bem por lá.

    O PM disse ainda que, pelo fato de Alejandro ser usuário de drogas, sempre era chamado pelo cozinheiro Vitório Del Gato, pois havia proocupação de acontecer alguma coisa com Alejandro, pois este costumava levar pessoas estranhas para a sua casa.

    No dia do ocorrido, de acordo com o depoimento de Paz, ele foi por conta própria verificar como estavam as coisas na casa de Alejandro e, quando parou em frente ao imóve,l verificou que havia pessoas estranhas no local e que resolveu dar um susto em no filho do patrão. “Peguei uma bala clava que estava no carro e chamei o Mayc e entramos na casa”, disse o militar.

    Paz disse que foi direto a Alejandro e deu-lhe duas coronhadas e quando olhou para traz viu sangue e gritou para Mayc pedindo calma. Um dos que estavam presente saiu correndo enquanto Mayc imobilizava o engenheiro Flávio e o levava em direção ao Corolla, estacionado na frente da casa. O PM disse não ter visto se o colega estava armado com uma faca e se o mesmo retornou para o carro com a roupa suja de sangue.

    Quanto ao seu telefone celular, inicialmente ele disse que havia perdido e depois se retratou dizendo que preferia se manter em silêncio. O militar se negou a responder algumas perguntas feitas pela delegada Marília, assim como de fornecer material biológico para exame de DNA. No final, Elizeu Paz pediu perdão à família da vítima e disse se arrepender amargamente de nada ter feito para evitar o ocorrido.

    Conheceu Flávio naquele dia, diz Alejandro

    O engenheiro Flávio Rodrigues dos Santos, 42, foi  encontrado morto após uma festa na casa de Alejandro, onde  costumava ir com frequência, conforme depoimento  prestado à polícia um agente de portaria do condomínio Passaredo. O depoimento contraria  o que vêm dizendo os demais envolvidos no caso, que alegam tê-lo visto pela primeira vez.

    Em depoimento na sede do 19º Distrito Integrado de Polícia (DIP), entretanto, Alejandro disse não saber o nome da vítima, pois os dois teriam se conhecido momentos antes em uma festa.

    Alejandro compareceu à delegacia na segunda-feira, mesmo dia em que o corpo de Flávio foi encontrado. Na noite anterior ao crime, Flávio estava na residência de Alejandro, junto a Elielton Magno e José Edvandro, após deixar uma festa com o grupo.

    Sobre a noite do crime, Alejandro disse à polícia que estava com o grupo na sala de casa, mas que não sabia o nome de nenhum dos presentes, pois os conheceu no mesmo dia. Na ocasião, ele conta que a casa foi invadida por dois indivíduos armados. Um deles teria desferido uma facada nas costas de um dos colegas e, depois, dois deles foram sequestrados do local.

    Com informações da Crítica*

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