Nesta semana, de 23 a 27 de setembro, acontece a 74ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). O evento reúne 193 países-membros que se encontram para discutir os assuntos que afetam a vida de todos os habitantes do planeta. Na Assembleia Geral, todos os países têm direito a um voto, ou seja, existe total igualdade entre todos seus membros. Os presidentes participantes vão discursar no dia 24 de setembro. A primeira fala de uma nação na reunião é de atribuição do Brasil.
O presidente Jair Bolsonaro já embarcou rumo a Nova York na manhã desta segunda-feira (23). Bolsonaro deve ficar fora do país até quarta-feira (25). Durante a sua ausência, o vice-presidente, Hamilton Mourão, assume interinamente a função de chefe de Estado. A transmissão de cargo ocorreu pouco antes da viagem, na Base Aérea de Brasília. Por recomendações médicas, Bolsonaro terá agenda restrita nos Estados Unidos, mas informou que tem expectativa de comparecer a um jantar com o presidente dos EUA, Donald Trump.
Funções da Assembleia Geral da ONU
Discutir e fazer recomendações sobre todos os assuntos em pauta na ONU; debater questões ligadas a conflitos militares – com exceção daqueles na pauta do Conselho de Segurança; analisar formas e meios para melhorar as condições de vida das crianças, dos jovens e das mulheres; tratar de assuntos ligados ao desenvolvimento sustentável, meio ambiente e direitos humanos; decidir as contribuições dos Estados-Membros e como estas contribuições devem ser gastas; eleger os novos Secretários-Gerais da Organização; iniciar ações e estudos internacionais, como a definição dos 17 objetivos de desenvolvimento sustentável; entre outros.
Temas abordados
Nesta edição, o evento discutirá quatro grandes temas. A promoção da educação de qualidade, a união de esforços para erradicar a pobreza, ações para reduzir as ameaças das mudanças climáticas e a promoção da inclusão social.
Discussões sobre mudanças climáticas
Na reunião de alto nível, deverão discursar, líderes políticos e organizações com planos mais ambiciosos para a sustentabilidade do mundo, o combate às alterações climáticas e para uma economia verde. O governo brasileiro ficará fora das discussões. “Eu até pedi para falar, mas não deixaram”, comentou o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. Ele sequer foi convidado para um evento paralelo, a Amazônia Possível, organizado pelo empresário Guilherme Leal, dono da Natura e ex-candidato a vice-presidente na chapa de Marina Silva, em 2014.
Por Cíntia Ferreira, do Portal Projeta
*Com informações do Estadão