Quem já assistiu a uma apresentação do Grupo Saravá sabe que é impossível não se mexer ao som do seu repertório musical. Em 2020, a roda de amigos completa 10 anos de “samba por diversão” (slogan adotado pelo grupo). Foi nos redutos manauaras que a ideia de formar o Saravá surgiu. Pequenas reuniões de amigos para “fazer um samba de quintal” deram origem ao grupo.
“Iniciamos em 2010 fazendo uma roda de samba entre amigos e a afinidade rolou logo de cara. Tanto que até hoje estamos com os mesmos integrantes do início e com novos amigos que vieram reforçar o coro”, conta Sandro, responsável pelo som da percussão e um dos vocalistas. Além dele, outros seis integrantes fazem parte do Saravá: Diego, no vocal e no violão; Germano, vocal e tantas; Carlos, no vocal e pandeiro; Paulo, no violão; Ygor, no cavaco; e Yuri no reco-reco. Todos eles têm profissões paralelas, a música é considerada um hobby e uma válvula de escape no dia a dia.
Além da paixão e da conexão com a música, o que une o Saravá nestes 10 anos é a amizade e o companheirismo entre os integrantes da banda. “Nós somos amigos de longa data, alguns de nós estudaram juntos no colégio ou se encontraram na faculdade e outros vieram pela música. O importante é que todos somos amigos antes de sermos uma banda”, destacam os músicos.
Influência Musical
O samba de raiz está presente na formação de todos os integrantes. De acordo com o percussionista, alguns vieram da bossa nova e tem influência de João Gilberto, Vinícius de Moraes, Tom Jobim e Baden Powell. Já outros, tem o partido alto como referência, citando o Fundo de Quintal, Zeca Pagodinho, Beth Carvalho e Arlindo Cruz. “Também temos os que curtem um pagodinho das antigas como Exaltasamba, Art Popular e Só Pra Contrariar. Não esquecendo, é claro, dos grandes nomes da música brasileira como Noel Rosa, Cartola, Chico Buarque, João Nogueira, Paulo César, Clara Nunes, Paulinho da Viola e tantos outros bambas”, contam.
Uma das maiores manifestaçōes culturais do povo brasileiro, o samba é considerado patrimônio imaterial do Brasil. “É o contato direto com nossos antepassados, através da forma rítmica e da dança. É a herança dos povos que construíram este país, a história marcada na pele e no compasso dos tambores. Parafraseando o Poetinha, ‘o bom samba é uma forma de oração’”, acrescentam os integrantes do Saravá.
Fotos: Acervo Pessoal / Grupo Saravá
Próximas apresentações
“Em setembro, teremos a apresentação no Passo a Paço (projeto de ocupação cultural do Centro Histórico de Manaus). No fim do mês, participaremos do evento Quintal, no Parque 10, que reúne a nata do samba de raiz manauara e do evento Beco do Samba. Em outubro, faremos samba no evento Sabadin, no Adrianópolis. Lembrando que no final de dezembro, convidamos a todos os amigos e bambas pra nossa confraternização anual no Samba da Tereca, no Dom Pedro”, ressaltam.
Por Cíntia Ferreira, do Portal Projeta.