Ameaçado pelas mudanças climáticas, o macaco amazônico Saimiri vanzolinii, conhecido popularmente como macaco-de-cheiro-de-cabeça-preta, pode ser extinto nos próximos 40 anos, de acordo com levantamento do Instituto Nacional de Pesquisas Amazônicas (Inpa). As pesquisas apontaram transformações irreversíveis no habitat do primata que tem a menor distribuição geográfica das Américas: apenas 870 km².
As consequências desastrosas da mudança climática na região da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, localizada no estado do Amazonas, onde está o habitat dos macacos, incluem o aumento dos períodos de seca e da temperatura média local, a diminuição da precipitação e as mudanças na dinâmica de vazão e inundação dos rios. Para que o macaco-de-cheiro-da-cabeça-preta não seja extinto, ele terá que se adaptar às bruscas mudanças ou migrar para outras áreas.
O estudo denominado “Impacto das mudanças climáticas em uma espécie de primata ameaçada de extinção” tem como objetivo discutir as potenciais estratégias de conservação, de maneira a diminuir os impactos das mudanças climáticas para a espécie e garantir a sobrevivência do animal.
Curiosidades sobre a espécie:
– É uma espécie endêmica do Brasil, sendo encontrada apenas no estado do Amazonas.
-O primata pode viver uma média de 21 anos de idade.
-O período de gestação do mamífero é de 5 meses.
-Uma fêmea adulta pode pesar até 650 gramas e o macho 950.
-A fêmea atinge a maturidade sexual por volta dos 3 anos e o macho aos 4 anos e meio.
Fonte: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)
Por Cíntia Ferreira, do Portal Projeta.