O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) realizou um levantamento sobre as queimadas no Brasil e os dados são assustadores. De janeiro a agosto deste ano foram contabilizados mais de 71 mil focos de incêndio, contra pouco mais de 39 mil do ano passado, totalizando um aumento de 82%. O maior registro e a maior alta detectados em 7 anos. O estado que lidera o ranking é Mato Grosso, com mais de 13 mil focos, seguido por Pará, com 9 mil e Amazonas, com quase 7 mil.
De acordo com os dados do Programa de Queimadas do Inpe, gerados por imagens de satélite e divulgados na última segunda-feira (19), nas 48 horas que antecederam o dia 19 de agosto, foram registrados 5.253 focos no Brasil. No mesmo espaço de tempo houve 1.618 focos na Bolívia, 1.166 no Peru, e 465 no Paraguai. Grandes áreas da Amazônia foram atingidas.
Segundo o pesquisador do Programa Queimadas do Inpe, Alberto Setzer, as queimadas “são todas de origem humana, umas propositais e outras acidentais, mas sempre pela ação humana. Para você ter queimada natural você precisa da existência de raios. Só que toda essa região do Brasil central, sul da Amazônia, está uma seca muito prolongada, tem lugares com quase três meses sem uma gota d’água”, afirma.
Os dados sobre as queimadas no Brasil podem ser acessados no portal do Inpe: www.inpe.br/queimadas/portal
Por Cíntia Ferreira, do Portal Projeta