O Ibama lançou nesta quarta-feira (5), dia mundial do meio ambiente, a maior operação de sua história para combater extração ilegal de madeira, que está acelerando o desmatamento na Amazônia, em meio a um aumento nas derrubadas de árvores desde que o presidente Jair Bolsonaro assumiu o cargo.
O Ministério do Meio Ambiente, que supervisiona o Ibama, disse que a agência de proteção ambiental enviou 165 agentes aos Estados do Acre, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia e Roraima, apoiados por policiais militares e civis.
85 carros e cinco helicópteros são usados nas ações da Operação Amazônia Soberana.
“O objetivo é esquadrinhar as regiões com maior concentração de ilícitos para conter a expansão dos danos ambientais”, afirmou o órgão em comunicado.
O desmatamento na Amazônia registrou avanço em maio, atingindo o maior ritmo em uma década, segundo dados do Deter, sistema de satélites que monitoram o desmatamento no país. Para especialistas, a razão é um aumento na atividade madeireira ilegal, encorajada pelo enfraquecimento das proteções ambientais no governo Bolsonaro.
Além das ações ostensivas, o Ibama reforçará operações remotas baseadas no cruzamento de dados gerados por satélite com informações de bases cadastrais. O desflorestamento ilegal pode resultar em multa, responsabilização penal e obrigação de reparar os danos causados ao meio ambiente.