Em comemoração ao Dia Estadual e Nacional do Turismo, um roteiro inclusivo com foco na acessibilidade para visitantes surdos será lançado nesta quarta-feira (08/05), no Bosque da Ciência, localizado no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), em Manaus.
A visitação turística para surdos é resultado de um projeto de pesquisa do aluno de Turismo da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Thiago Souza, sob orientação da professora do Curso de Turismo da UEA, doutora Selma Batista.
O Roteiro Inclusivo terá o suporte de celulares com base no sistema de inteligência artificial “Giulia – Mãos que Falam”, instrumento de tecnologia assistiva que utiliza a Língua Brasileira de Sinais (Libras) e foi realizado em parceria com a equipe de desenvolvimento da startup Map Innovation e apoio da Samsung Ocean.
Ambiente do Roteiro Inclusivo
Pioneiro no Amazonas, o aplicativo tornará a visita aos atrativos turísticos do bosque autoguiada e já está disponível para download na Google Play Store (celulares com sistema Android). A partir desta quarta, mediante a retirada de um crachá na portaria do bosque, o visitante poderá acessar as informações dos atrativos em Libras, por meio da leitura de QRCodes.
Segundo a professora, com o acesso ao novo ambiente do aplicativo, o objetivo é romper as barreiras e dar acessibilidade aos espaços públicos de turismo e lazer, garantindo a participação plena e efetiva da pessoa surda em condições de igualdade na sociedade.
Sobre o projeto
O projeto inédito contou com um piloto realizado com alunos surdos da Escola Estadual Augusto Carneiro dos Santos, nos meses de julho e agosto do ano de 2018, cujos resultados levaram a conquista do primeiro lugar na categoria academia do Prêmio Nacional de Turismo, organizado pelo Ministério do Turismo em dezembro de 2018.
Idealizado pelo professor Manuel Cardoso, o “Giulia Mãos que Falam” foi desenvolvido por meio da tecnologia assistiva para uso do surdo, com participação da intérprete Camila do Nascimento Alencar; os desenvolvedores foram Paulo Sérgio da Silva Farias, Fabrício Guimarães de Oliveira, Marcel Luis Silva Cunhas; design e todo o trabalho realizado foi validado pela surda Marly Fernandes.
No Inpa, a supervisão do conteúdo contou com o apoio técnico da doutora Rita Mesquita e de Alexandre Buzaglo, da Coordenação de Extensão do Bosque da Ciência.