O vazamento da emulsão asfáltica que atingiu o Rio Negro no domingo (31) pode render multa superior a R$ 1 milhão para a empresa responsável, de acordo com o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam). O crime ambiental ocorreu no Porto do São Raimundo, na Zona Oeste de Manaus, e causou contaminação da água e do solo.
O caso ocorreu durante a madrugada, em uma suposta tentativa de assalto. Segundo o gerente de fiscalização do Ipaam, Hermógenes Rabelo, a suspeita é que alguém abriu a válvula de segurança do caminhão que transportava o produto.
O material vazou pela rua, chegou até a tubulação de águas pluviais e atingiu o Rio Negro. Aproximadamente 30 toneladas de emulsão asfáltica contaminaram as águas, por uma extensão de 1,5 quilômetros.
“A multa pode chegar a R$ 1 milhão. Temos que avaliar a situação para cada componente. Existe contaminação aquática e do solo, além da empresa não ter adotado os procedimentos necessários de respostas imediatas de emergência”, completou.
Segundo o Ipaam, o local está recebendo trabalho de contenção intensificado desde a segunda-feira (1). Técnicos do Instituto acompanham as medidas tomadas pela empresa responsável.
Medidas de contenção
A Transbetume Comércio e Transporte de Betumes Ltda., responsável pelo transporte do produto, contratou uma empresa de tratamento de resíduos para realizar o trabalho de contenção do vazamento, a Eternal.
Funcionários da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP) também estiveram no local para avaliar os impactos do desastre. Uma equipe da Águas de Manaus também esteve no local para fazer a coleta do material, uma vez que a empresa possui um reservatório nas proximidades de onde ocorreu o vazamento.