A qualidade e o abastecimento de água, poços artesianos e dívidas milionárias de usuários da Companhia de Saneamento do Amazonas (Cosama) e o preço da tarifa cobrada pela empresa foram temas discutidos entre autoridades e estudiosos em uma audiência pública realizada na segunda-feira (18), na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam).
A Cosama atua em apenas 12, de 62, municípios do interior do Estado. De acordo com o engenheiro Sergio Elias, representante da prefeitura de Manaus, 74% do valor que a empresa de água recebe vem dos mais pobres e, por isso, a tarifa poderia até ser reduzida. “Quem paga as contas são os pequenos consumidores,” disse, por meio de assessoria.
O diretor da Cosama, Armando Silva do Valle, revelou a existência de dívidas em todos os municípios em que a empresa atua. Isso, por falta de pagamento dos usuários. Segundo ele, o município de Carauari, por exemplo, tem uma dívida de quase R$ 4 milhões.
Valle disse que fará um mutirão para negociação das pendências junto aos usuários. Caso não ocorra o pagamento das dívidas, a empresa informou que irá recorrer ao Serviço de Proteção ao Crédito (SPC).
Durante a Audiência, ainda foram apresentados estudos sobre a qualidade da água de rios e igarapés das regiões do Amazonas, além de cuidados com a captação da água de poços artesianos.
Participaram da reunião representantes de entidades como Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), Instituto de Defesa do Consumidor (Procon), Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam).