sábado, dezembro 7, 2024
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    Pesquisa no AM investiga potencial do guaraná e do pau-rosa para produção de cosméticos

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    Uma pesquisa científica investiga o potencial antimicrobiano, antioxidante e fotoprotetor de duas plantas nativas da região Amazônica: o guaraná (Paullinia cupana) e o pau-rosa (Aniba rosaeodora). O estudo deve avaliar se o extrato e o óleo essencial dessas espécies têm efeitos benéficos para uso na produção de fitocosméticos.

    Segundo a coordenadora do projeto, Patrícia Melchionna Albuquerque, a primeira etapa da pesquisa teve início em outubro de 2018, com a coleta de galhos e folhas de pau-rosa para o processo de extração do óleo essencial, além da obtenção das sementes de guaraná em Maués (AM) para a produção do extrato vegetal.

    Patrícia informou que já foi possível verificar atividade antimicrobiana no óleo essencial de pau-rosa e que, no momento, o grupo de pesquisadores está preparando o extrato de guaraná, para verificar as demais atividades biológicas e, em seguida, iniciar as formulações fitocosméticas.

    Guaraná tem potenciais explorados em pesquisa apoiada pela Fapeam (Foto: Barbara Brito)

    Com base no resultado do estudo, a pesquisadora afirma que será possível formular emulsões cosméticas com atividade antioxidante e fotoprotetora, assim como sabonetes líquidos, com atividade antimicrobiana, a partir desses compostos naturais.

    Para a pesquisadora, o potencial de uso sustentável da biodiversidade brasileira é extenso, mas ainda é pouco explorado. Por isso, a descoberta de substâncias biologicamente ativas a partir da diversidade biológica, como plantas, animais e microrganismos, pode auxiliar de forma significativa no desenvolvimento de bioprodutos.

    De acordo com a coordenadora, o estudo pretende estimular ainda o uso dessas espécies para a obtenção de bioprodutos com alto valor de mercado. Segundo ela, a produção de fitocosméticos deve ser considerada estratégica para a economia local, uma vez que estes bioprodutos podem agregar valor aos produtos amazônicos.

    A pesquisa está em andamento e é desenvolvida nos laboratórios do Grupo de Pesquisa Química Aplicada à Tecnologia, da Escola Superior de Tecnologia da Universidade do Estado do Amazonas (EST/UEA), com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), por meio do Programa de Apoio à Pesquisa (Universal Amazonas).

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