A tragédia de Brumadinho (MG) pode acelerar as ações do governo federal que vem sendo estudadas há mais de um ano para expandir a mineração de urânio no Amazonas. As informações são de uma publicação do Jornal Folha de São Paulo.
A publicação também dá conta de que uma velha mina de urânio em Poços de Caldas (MG), que acumula milhares de toneladas de rejeitos radioativos, já emitiu sinais de riscos.
O programa nuclear brasileiro teme que barragens com material radioativo se acabem em mar de lama, como aconteceu este ano com a mina da Vale, em Minas Gerais.
“A ideia (do governo) é criar as condições para que o investimento privado possa destravar a construção da usina de Angra 3 e expandir a mineração de urânio para estados como Amazonas, Ceará, Goiás, Tocantins, Pará, Paraíba e Paraná (…)
Enquanto a mina esteve em operação (1982-1995), produziu concentrado de urânio para ser usado no combustível de Angra 1, em pesquisas no setor nuclear e num esquema de comércio compensado junto ao Iraque. Mas, quando as atividades na mina foram encerradas, não houve descontaminação das áreas exploradas nem foram seguidos os padrões que garantiriam a preservação ambiental e a segurança das populações afetadas”, informa a publicação.