O governo do Amazonas incluiu as instituições religiosas na primeira fase do cronograma de reabertura de estabelecimentos não essenciais em Manaus, a partir de 1º de junho. O anúncio foi feito pelo governador Wilson Lima (PSC), na última quarta-feira (28). Segundo o governador, essa reabertura gradual foi uma decisão do Gabinete de Crise do governo estadual e de especialistas, em consenso com demais autoridades.
“Todas as nossas decisões são responsáveis, equilibradas, levando em consideração uma série de fatores, como a diminuição dos casos na capital e o aumento da estrutura para o tratamento da doença. Conseguimos aumentar, significativamente, a quantidade de leitos clínicos e de UTI. Para se ter uma ideia, o Amazonas tem a melhor taxa de recuperação do país, que chega a 70%, enquanto que a média nacional é de 40%”, disse Wilson durante coletiva de imprensa.
Em reunião com a bancada evangélica da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), deputados ligados ao meio religioso pediram ao governador a retomada das atividades religiosas com 30% de ocupação das igrejas. Wilson Lima ressaltou, durante a coletiva, que a reabertura será de forma gradual, seguindo as regras do distanciamento social, uso de máscaras, álcool em gel e da quantidade máxima permitida de pessoas nesses estabelecimentos.
Durante a sessão virtual da Aleam desta quarta-feira (27), o deputado estadual e presidente da Frente Parlamentar Cristã da Casa, João Luiz (Republicanos), enfatizou a decisão do governador em flexibilizar a reabertura de igrejas no Amazonas. “Agradeço ao governador Wilson Lima por ter atendido ao pleito da Frente Parlamentar Cristã com a inclusão das igrejas na 1ª fase de reabertura de atividades no Estado, mediante ao cumprimento de regras sanitárias, garantindo a segurança das pessoas”, afirmou João Luiz.
Petistas do amazonas chegaram a repudiar voto do deputado estadual Sinésio Campos (PT) favorável ao projeto da reabertura de igrejas no estado. Uma nota de repúdio foi assinada, no início de maio, por 68 filiados, lideranças e dirigentes do Partido dos Trabalhadores (PT), entre eles o deputado federal José Ricardo e do ex-senador João Pedro.
O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB) também se manifestou sobre a reabertura gradual do comércio em Manaus. Para o chefe do Executivo, esse não seria o melhor momento para reabrir serviços não essenciais. “Temo por uma segunda onda, um segundo pico, que pode ser ainda mais grave. Eu não faria um plano de reabertura agora, mas, como foi feito, coloco toda minha torcida para o êxito”, declarou.
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Por Cíntia Ferreira, do Portal Projeta