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    Saiba o que pensa Ministro da Saúde sobre o Coronavírus

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    Antes de assumir o Ministério da Saúde, o oncologista e empresário do setor Nelson Luiz Sperle Teich já vinha se posicionando sobre a pandemia que atingiu o mundo. Em seu perfil no Linkedin, o médico postou três artigos nas últimas semanas que deixam claro a sua visão sobre diversos pontos acerca do coronavírus e a crise global provocada pela doença.

    1. Isolamento social

    Em artigo publicado no dia 24 de março intitulado “Covid-19: Histeria ou Sabedoria”, Nelson Teich afirma que a mudança de comportamento de Boris Johnson no Reino Unido e de Donald Trump nos Estados Unidos em relação as medidas de isolamento aconteceu “em função de uma projeção feita à partir da comparação da evolução da Gripe Suína com a Covid-19”. “Essa modelagem projetou 250 mil mortes no Reino Unido e 1 milhão de mortes nos Estados Unidos”, diz ele.

    No texto “Covid-19: Como conduzir o Sistema de Saúde e o Brasil”, publicado em 2 de abril, o médico  diz que o conceito “que hoje permeia a saúde, deveria ser personalizado”. Ele discorre: “Um modelo semelhante ao da Coreia do Sul. Essa estratégia demanda um conhecimento maior da extensão da doença na população e uma capacidade de rastrear pessoas infectadas e seus contatos. Estamos falando aqui do uso de testes em massa para Covid-19 e de estratégias de rastreamento e monitorização, algo que poderia ser rapidamente feito com o auxilio das operadoras de telefonia celular. Esse monitoramento provavelmente teria uma grande resistência da sociedade e demandaria definição e aceitação de regras claras de proteção de dados pessoais”.

    2. Teste em massa

    No artigo “Covid-19: Como conduzir o sistema de saúde e o Brasil”, Nelson aborda as ações para enfrentamento da crise causada pela Covid-19, “algo que em grande parte já faz parte da visão da população e dos gestores”, segundo ele. O médico cita a necessidade de “aumentar a capacidade do Sistema de Saúde para atender com qualidade a uma demanda aumentada de pacientes” e discorre sobre a necessidade de testar toda a população.

    “Testes em massa para a Covid-19 são necessários para o entendimento do comportamento da doença e para definir as melhores estratégias e ações. Se os dados preliminares estiverem corretos, 80% dos pacientes com a Covid-19 não apresentam sintomas ou são pouco sintomáticos. Nesse cenário, a concentração dos testes em pacientes internados e mais graves, não vai permitir entender a epidemiologia da doença, o que implica no não conhecimento da sua incidência, evolução, prevalência, transmissibilidade e letalidade”, explica Nelson.

    3. Telemedicina

    Teich defende o uso da telemedicina. Para ele, não é uma solução que basta por si própria, mas sim uma das ferramentas disponíveis no sistema de saúde. Acredita ainda que o principal é a forma como as pessoas usam as tecnologias. No artigo “Covid-19, Telemedicina e Eficiência do Sistema de Saúde”, o médico afirma que assumir que a modalidade apresenta riscos maiores do que encontros presenciais é “um posicionamento emocional ou corporativista”, sem embasamento técnico.

    Na visão do médico, cabe ao Conselhos de Medicina implementarem o mais rápido possível a telemedicina para ajudar no combate à Covid-19. “As discussões e ações precisam migrar da discussão se a telemedicina deve ou não ser implantada para aquelas que definam onde e como ela deve ser implantada”, escreveu Teich.

    De acordo com ele, discussões que limitam sua implementação também são um bloqueio para o surgimento de outras tecnologias e inovações capazes aumentar a eficiência do sistema. Teich compara inclusive a telemedicina com o home office, alternativa para muitos trabalhadores durante a pandemia.

    “Pesquisas que avaliem o papel do Home Office no aumento da produtividade, deixando de abordar o Home Office apenas como uma alternativa a uma opção clássica e teoricamente melhor que é o trabalho presencial, pode levar a grandes mudanças de hábito e cultura, com ganhos de produtividade e qualidade de vida no futuro.”, conclui.

    4. Papel do gestor

    Em um dos textos, Teich afirmou que a luta contra o coronavírus demanda uma gestão centralizada e estruturada, discutindo o sistema público em todas as esferas, incluindo o alinhamento dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. O médico também elogiou a condução do ministro da saúde Luiz Henrique Mandetta, que considerou “brilhante”.

    “Impossível falar sobre o problema da Covid-19 no Brasil e não comentar a atuação brilhante do Ministro Luiz Henrique Mandetta. Excepcional condução, tranquilidade, equilíbrio, eficiência e enorme capacidade de comunicar de forma clara com a sociedade. Gerir e fazer acontecer em períodos de crise é um desafio enorme. Estamos vivendo um tempo de guerra e tempos de guerra, apesar de todas as dificuldades e perdas, são períodos onde grandes inovações acontecem, inclusive na saúde”, afirmou.

    5. Condução do Sistema de Saúde

    Em um dos artigos publicados, Teich enumerou ações que considera importante para o enfrentamento da pandemia de coronavírus no Brasil. Entre elas, medidas para que o Sistema de Saúde consiga atender todos os que necessitam de cuidado, incluindo aqueles aqueles com outras doenças e problemas que “não podem ter o seu cuidado postergado”.

    Além disso, o médico citou o início de uma estratégia para estruturar a retomada das atividades normais do cotidiano e da economia e elogiou a condução da crise até o momento.

    “Felizmente, apesar de todos os problemas, a condução até o momento foi perfeita. Pacientes e Sociedade foram priorizados e medidas voltadas para o controle da doença foram tomadas. Essa escolha levou a riscos econômicos e sociais, que foram tratados com medidas desenhadas para resolver possíveis desdobramentos negativos das ações na saúde”, declarou.

    Leia mais:
    Ministro Mandetta anuncia em rede social que foi demitido
    Isolamento social mínimo para conter o coronavírus é de 40%, diz estudo
    Governador diz que salvar vidas é urgente e mantém instalação de hospital

    Com informações da Revista Epoca*

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