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    Ministério da Saúde usará teste do pezinho para detectar toxoplasmose

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    A partir deste ano, o Ministério da Saúde passa a realizar o teste do pezinho no Sistema Único de Saúde (SUS) para detectar a toxoplasmose congênita. Segundo a pasta, 85% dos casos de toxoplasmose em recém-nascidos infectados não apresentam sinais clínicos evidentes ao nascimento. A portaria sobre o tema foi publicada na última sexta-feira (6), no Diário Oficial da União, e estipula o prazo máximo de 180 dias para efetivar a oferta no SUS do teste do pezinho.

    Os bebês que apresentam manifestações clínicas podem ter sinais no período neonatal ou nos primeiros meses de vida. Esses casos costumam ter, com mais frequência, sequelas graves, como acometimento visual em graus variados, retardo mental, anormalidades motoras e surdez.

    A recomendação é da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), que, inclusive, montou um relatório sobre tema. De acordo com dados divulgados pela Conitec, a prevalência de toxoplasmose é alta no Brasil, podendo variar de 64,9 % a 91,6%, dependendo da região. O documento também demonstra que uma porcentagem alta, de 50 a 80% das mulheres em idade fértil, são positivas para a toxoplasmose, possuindo baixo anticorpos IgG. Entre 20 a 50% das mulheres em idade reprodutiva são suscetíveis (IgG e IgM negativas) e estão em risco de adquirir a infecção na gestação. 

    No relatório, a Comissão explica também que “a toxoplasmose congênita (TC) é uma doença infecciosa que resulta da transferência transplacentária do Toxoplasma gondii para o concepto, decorrente de infecção primária da mãe durante a gestação. Os recém-nascidos que apresentam manifestações clínicas podem ter sinais no período neonatal ou nos primeiros meses de vida. Esses casos costumam ter, com mais frequência, sequelas graves, como acometimento visual em graus variados, sequelas neurológicas, anormalidades motoras e surdez”.

    Recomendações da Conitec para evitar a toxoplasmose em gestantes:

    • Ingerir carne bem cozida (67o C por 10 minutos).
    • Não experimentar carne crua.
    • Congelar produtos cárneos (- 18o C por 7 dias).
    • Ingerir embutidos frescais bem cozidos.
    • Lavar, com água e sabão, os utensílios (faca, tábua) utilizados no preparo de carnes.
    • Lavar bem as frutas e verduras, esfregando em água corrente.
    • Proteger os alimentos de moscas e baratas.
    • Ingerir apenas água tratada ou fervida.
    • Ferver e pasteurizar leite de cabra antes do consumo. O leite de cabra in natura é considerado uma importante fonte de infecção de T. gondii para o homem, porém o risco de se adquirir a toxoplasmose por ingestão de leite bovino é considerado mínimo. A infecção congênita por ingestão de leite de cabra não pasteurizado ocorre principalmente no meio rural.
    • Lavar as mãos após mexer na terra ou areia.
    • Se tiver gatos: não o alimente com carne crua e peça para outra pessoa retirar as fezes do animal diariamente.

    O relatório completo pode ser acessado aqui.

    Leia mais:
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    Por Cíntia Ferreira, do Portal Projeta

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