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    Brasil é último em ranking que analisa reação de países à covid-19

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    Um estudo que analisou as respostas de 98 países à covid-19 avaliou que o Brasil teve o pior desempenho entre todas as nações do grupo.

    Produzido pelo think tank (centro de debates e estudos) Lowy Institute, da Austrália, o estudo levou em conta dados como o total de casos e mortes por covid-19 em cada nação, a oferta de testes e o percentual da população afetada pela pandemia.

    Com base nesses indicadores, os países receberam notas numa escala de zero (pior desempenho) a cem (melhor desempenho). O Brasil recebeu a nota mais baixa: 4,3.

    Já a nota mais alta foi a da Nova Zelândia: 94,4.

    Os dados de cada país foram compilados ao longo de nove meses a partir da confirmação do centésimo caso local da doença. Foram consideradas informações de até 9 de janeiro de 2021.

    De forma geral, países asiáticos foram os mais bem sucedidos na contenção da pandemia, segundo o estudo.

    Nações do Oriente Médio e África também conseguiram frear o avanço inicial da pandemia com medidas preventivas robustas, diz o Lowry Institute. A situação nessa região piorou, mas voltu a se estabilizar na segunda metade de 2020.

    Por outro lado, a Europa e as Américas foram duramente golpeadas pela covid-19.

    A Europa chegou a ter uma grande melhora em seus indicadores, ultrapassando até mesmo a nota média dos países asiáticos, mas a chegada da segunda onda da pandemia no fim de 2020 derrubou os índices outra vez.

    “Lockdowns sincronizados entre o altamente integrado continente europeu suprimiram a primeira onda, mas fronteiras mais abertas deixaram as nações vulneráveis a novos surtos em países vizinhos”, diz o estudo.

    As Américas foram a região mais afetada do mundo.

    O estudo também comparou os desempenhos de democracias e regimes políticos autoritários no enfrentamento da pandemia.

    Apesar de diferenças iniciais nos indicadores, as performances de todos os tipos de regimes no enfrentamento do coronavírus convergiram ao longo do tempo, diz o think tank.

    “Na média, países com modelos autoritários não tiveram vantagem prolongada na supressão do vírus. De fato, apesar de um início difícil e de exceções notáveis, incluindo os Estados Unidos e o Reino Unido, democracias tiveram ligeiramente mais sucesso que outras formas de governo na forma como lidaram com a pandemia no período examinado”, afirmam os autores.

    O ranking do Lowry Institute é liderado pela Nova Zelândia, seguida por Vietnã (2º), Taiwan (3º), Tailândia (4º), Chipre (5º), Ruanda (6º), Islândia (7º), Austrália (8º), Letônia (9º) e Sri Lanka (10º).

    Os últimos da lista são Brasil (98º), México (97º), Colômbia (96º), Irã (95º), Estados Unidos (94º), Bolívia (93º), Panamá (92º), Omã (91º), Ucrânia (90º) e Chile (89º).

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