Os focos de invasões em Manaus tiveram um aumento de 125% em apenas um ano. De acordo com o monitoramento da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas), em 2018 houve registro de 32 focos na capital amazonense. Neste ano, o número aumentou para 72 focos combatidos.
O monitoramento desses focos de invasões é realizado pela Semmas que atua em conjunto com diversos órgãos de controle e fiscalização que compõem o Grupo Integrado de Prevenção às Invasões em Áreas Públicas (Gipiap).
De acordo com a Semmas, o grupo tem atribuição de combater as invasões em áreas públicas: áreas verdes e margens de igarapés, também denominadas de áreas de preservação permanente.
Conforme o monitoramento do órgão, em 2015 foram identificados 51 focos de invasão, dos quais 21 foram totalmente extintos.
Já em 2016, houve registro de 48 focos, dos quais 27 foram combatidos com ações de retirada (uma ou mais vezes) e encontram-se em monitoramento pelos órgãos de fiscalização e controle. .
Confira o número dos focos de invasões em Manaus desde 2015:
O diretor de fiscalização da Semmas, Eneas Gonçalves, contou que, geralmente, a ação de invasores em ocupações irregulares de Manaus começa no início de cada ano.
“Tivemos sim um aumento. Nossos indicadores apontam esses aumentos constantes principalmente em época de início de ano. No caso de 2019, é um exemplo de ser anterior às eleições, e a ‘cultura’ local é que em período eleitoral há esse aumento dessas ocupações irregulares em Manaus. Com esse avanço nos focos, consequentemente também tem avançado a retirada e os combates à essas ações”, disse.
Quando há caso de reincidência dos invasores em ocupações irregulares, a Semmas solicita a abertura de ações de reintegração de posse na Justiça.
“Os empreendimentos como Viver Melhor e Cidadão resguardaram as áreas de preservação permanente. Com isso, os invasores vão procurar locais próximos por conta da infraestrutura de escolas e postos de saúde que a região oferece”, contou.
“A Zona Norte é uma área de extensão urbana em Manaus que ainda possui muitas áreas verdes e particulares, o que vale ressaltar: as ocupações irregulares não são apenas em áreas de preservações permanentes”
Com as invasões, automaticamente, o crime ambiental se inclui na ação. “Tem as derrubadas das árvores, as nascentes que são atingidas, os igarapés dentro dessas áreas que sofrem com a retirada dessas vegetações e as movimentações de terras que são os grandes aterros para iniciar oficialmente as ocupações. Além das queimadas e acúmulo de lixo”, disse.
O diretor explicou que as invasões de modo geral causam prejuízo para o meio ambiente por não ter um planejamento e uma estratégia de ocupação. Atualmente, os órgãos trabalham em conjunto para combater os focos existentes na capital.
Com informações do G1*