A taxa de desemprego no Brasil fechou em 11,6% no trimestre encerrado em outubro, ficando estatisticamente estável tanto em relação ao trimestre anterior, quando a taxa registrada foi de 11,8%, quanto em relação ao mesmo trimestre de 2018 (11,7%).
A população desocupada, de 12,4 milhões de pessoas, também ficou estatisticamente estável em ambas as comparações. A quantidade de pessoas trabalhando sem carteira assinada e por conta própria, como vendedores ambulantes, por exemplo, bateu recorde. Assim, a recuperação do mercado de trabalho no país continua lenta e marcada pela informalidade.
Os dados fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A pesquisa não usa só os trimestres tradicionais, mas períodos móveis (como fevereiro, março e abril; março, abril e maio etc.). “O que vemos é uma estabilidade com trajetória de redução marcada pela informalidade”, explicou a analista do IBGE Adriana Beringuy.
Número de empregados sem carteira bate recorde
A pesquisa mostrou também que o número de empregados sem carteira de trabalho assinada no setor privado chegou a 11,9 milhões de pessoas, novo recorde na série histórica. O número representa estabilidade em relação ao trimestre anterior e alta de 2,4% frente ao mesmo período de 2018.
Outro recorde foi na quantidade de trabalhadores por conta própria, que chegaram a 24,4 milhões de pessoas, com estabilidade frente ao trimestre anterior e alta de 3,9% em relação ao mesmo trimestre do ano passado. Taxa de subutilização e desalento caem A taxa de subutilização da força de trabalho foi 0,8 ponto percentual menor que no trimestre anterior e alta de 3,9% em relação ao mesmo trimestre do ano passado.
*Reportagem da Uol