Um levantamento do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) demonstrou que 66 mil pessoas vivem em áreas de risco na capital amazonense. Os dados são do Mapa das Áreas de Risco e Carta Geotécnica da Zona de Expansão de Manaus e foram divulgados nesta segunda-feira (25). No ano de 2012, o município apresentava 734 áreas consideradas de risco. Ao todo, 28.668 casas foram construídas nesses locais. Sete anos depois, subiu para 52.570 moradias nessa condição.
O Mapa das Áreas de Risco Geológico da Zona Urbana de Manaus do CPRM contempla todo o perímetro urbano da capital. No total, foram investigadas 484 km² da cidade, onde moram mais de 2 milhões de habitantes. Como resultado, foram produzidos mapas de todas as áreas de risco geológico a movimentos de massa e inundações existentes na zona urbana, acompanhados de uma nota explicativa. As áreas compõem um total de 1.600 setores classificados em quatro graus de risco: baixo (R1), médio (R2), alto (R3) e muito alto (R4).
De acordo com o superintendente regional de Manaus da CPRM, José Maria da Silva Maia, o conteúdo vai dar suporte aos governos estaduais e municipais para cuidar da cidade. “A maior satisfação do técnico, feito este levantamento, é ver a sua aplicação, não apenas tê-lo como instrumento informativo”, destacou.
“A Defesa Civil sozinha não consegue fazer esse trabalho, sem a integração com outros órgãos. Com esse mapeamento, a Defesa Civil consegue planejar as suas ações, fazer prevenção e buscar recursos para fazer intervenções nestas áreas de vulnerabilidade na cidade de Manaus”, apontou, ainda, o secretário executivo de Proteção e Defesa Civil do Município de Manaus, Cláudio dos Santos Belém.
Por Cíntia Ferreira, *com informações do G1/Amazonas