O delegado Gustavo Sotero, preso acusado de matar um advogado em uma casa noturna em Manaus em 2017, foi visto solto na manhã desta terça-feira (12) na sede do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM). Nas fotos enviadas pela defesa da família da vítima, o suspeito aparece sozinho em alguns momentos. A Justiça do estado afirmou que não autorizou judicialmente a saída dele e que investiga o caso.
A defesa do delegado contou que ele compareceu à sede do órgão para atualizar o domicílio eleitoral. Em nota ao G1, os advogados informaram que ele foi ao local escoltado por dois policiais: um que aparece na foto e outro, que estaria no carro. Os advogados informam ainda que possuem documentos que comprovam as afirmações.
O Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), disse que não houve autorização judicial neste sentido e que “já foram solicitadas informações à delegacia responsável sobre a situação”.
O TRE-AM informou que Sotero compareceu às dependências da 1ª Zona Eleitoral para realizar a regularização de seu cadastro eleitoral, que – segundo o órgão – só pode ser feita de forma presencial.
O caso
O crime aconteceu dia 25 de novembro no interior de uma casa de show localizada no bairro São Jorge, Zona Oeste da capital. Durante uma discussão, além de matar o advogado, Sotero feriu outras três pessoas, com tiros de pistola calibre 40: Fabíola Rodrigues Pinto de Oliveira (esposa de Wilson) e os amigos Maurício Carvalho Rocha e Yuri José Paiva Dácio de Souza.
Gustavo Sotero foi preso em flagrante no dia 25 de novembro de 2017. No mesmo dia, a prisão foi convertida para preventiva, após uma audiência de custódia. Ele responde por homicídio triplamente qualificado.
Julgamento adiado
O júri do caso, que aconteceria no dia 29 de outubro, foi adiado para os dias 27, 28 e 29 novembro deste ano após a Justiça identificar um equívoco em relação à seleção dos jurados. O homem é acusado de homicídio triplamente qualificado e também responde por três tentativas de homicídio.
Por mais de uma hora e meia, advogados e juízes debateram a situação antes da nulidade do julgamento.
O acordo foi firmado entre defesa, acusação e membros da Ordem dos Advogados seccional Amazonas (OAB-AM) que acompanharam as tratativas pelo início da manhã.